sábado, 26 de julho de 2008

Dica teatral - Peça A Alma Boa de Setsuan de Bertolt Brecht


Nada é por acaso! Navegando na internet uma notícia sobre a estréia da peça A Alma Boa de Setsuan, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht com Denise Fraga e dirigida (“orquestrada”) por Marco Antonio Braz, me chamou a atenção.

A questão levantada na peça é "Como ser bom e ao mesmo tempo sobreviver no mundo competitivo em que vivemos?" E isso tem tudo haver com Temperamentos e Atitudes Anímicas que acabamos de ver, não?!

Brecht escreveu esta parábola em 1941, época em que vivia no exílio da Alemanha nazista. Afirmava que a bondade era o estado natural do homem, e que a crueldade exigia um grande esforço. Entretanto, o preço para se praticar o bem em um mundo como o nosso seria alto demais. Passados 67 anos, o texto continua mais que atual, mostrando a realidade muito mais cruel para os bons, num mundo onde a generosidade ficou perigosa.

Denise Fraga insistiu em montar essa grande produção, com onze atores no elenco, por acreditar que a questão colocada por Brecht, a absoluta contradição humana diante do caos ético em que vivemos num mundo onde a voz mais forte é sempre a do capital, precisa ser discutida.

A parábola é ambientada na China. Três Deuses, nessa adaptação transformados na Santíssima Trindade e vividos por um único ator, descem a Terra à procura de pelo menos uma alma boa. Depois de muito caminho percorrido em vão, chegam a uma província chamada Setsuan. Lá encontram a prostituta Chen-Tê que lhes dá guarita por uma noite. Na manhã seguinte, concluem ser ela a alma boa que tanto procuravam e resolvem lhe pagar pela hospedagem. O dinheiro é suficiente para Chen-Tê abrir uma tabacaria e mudar de vida. Dona de seu próprio negócio, Chen-Tê começa a ver os miseráveis da cidade abusarem de sua imensa generosidade. Sem conseguir dizer não, resolve vestir a máscara do mal. Traveste-se de uma figura masculina, seu primo Chuí-Tá que teria vindo de longe para temporariamente tomar conta de seu negócio. O agir de Chuí-Tá em tudo difere do de Chen-Tê. O que Chen-Tê não consegue recusar por fraqueza, Chuí-Tá retoma com força.
Chen-Tê engravida, mas é a barriga de Chui Ta que cresce de prosperidade, aos olhos do povo. Como ninguém deve saber que Chen Tê está grávida, É a prima agora que se esconde por trás do primo. Somente Chui Ta aparece e comanda. Um boato cresce em Setsuan em torno do desaparecimento de Chen Tê: Chui Ta teria seqüestrado a própria prima para ficar com suas riquezas. .A última cena da parábola é o julgamento de Chui Ta.


Estréia dia 26 de Julho, sábado, às 21h.
Temporada até 28 de setembro

Teatro Renaissance (462 lugares)
Alameda Santos, 2233 - Cerqueira César - São Paulo


Fonte: Michel Fernandes, Último Segundo (
michelfernandes@superig.com.br)

domingo, 6 de julho de 2008

Video sobre sustentabilidade

Turma 71,

achei que faz pensar: http://www.storyofstuff.com

Espero que gostem.